Dinamismo econômico: RMC registrou aumento de exportações e importações
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou um aumento tanto nas exportações quanto nas importações no mês de maio, resultando em um aprofundamento do seu déficit comercial. De acordo com o mais recente informativo da Balança Comercial, divulgado pelo Observatório PUC-Campinas, as exportações da região cresceram 10,09% em comparação com maio de 2024, totalizando US$ 461,54 milhões.
No entanto, as importações avançaram em um ritmo superior, com alta de 11,78%, alcançando a marca de US$ 1,5 bilhão. Com isso, o saldo negativo da balança comercial da RMC no mês foi de US$ 1,04 bilhão, um aumento de 12,54% no déficit em relação ao mesmo período do ano anterior.
A análise detalhada dos dados revela uma preocupação sobre o perfil do comércio exterior da região. Enquanto o volume de vendas para o exterior cresceu, o maior avanço percentual se deu em produtos de baixa complexidade econômica, que tiveram uma alta de 33,6%. Em contrapartida, as compras do exterior foram impulsionadas por produtos de alta complexidade, que registraram um crescimento de 18,2%.
Essa dinâmica evidencia uma crescente dependência de tecnologias e insumos importados, ao mesmo tempo que a pauta de exportação se concentra em bens de menor valor agregado. Segundo o Prof. Dr. Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pelo estudo, os números indicam um cenário de contrastes. “Os dados da balança comercial de maio mostram aumento das exportações e importações na RMC, o que indica um certo dinamismo econômico. No entanto, o destaque das exportações ficou com produtos de baixa complexidade, o que acende um alerta sobre o perfil da inserção internacional da região. Por outro lado, as importações continuam concentradas em bens de alta complexidade, ampliando o déficit comercial e reforçando a dependência externa de insumos estratégicos”, disse.
No acumulado dos últimos 12 meses, o cenário se consolida. O déficit comercial da RMC atingiu a expressiva marca de US$ 11,64 bilhões, com as importações (US$ 16,75 bilhões) superando em mais de três vezes o valor das exportações (US$ 5,11 bilhões). O levantamento também mostra que China e Estados Unidos se consolidaram como os principais parceiros comerciais, respondendo por 26,3% e 15,4% das importações da região, respectivamente. Para saber mais, clique aqui.