Estudantes de Jogos Digitais da PUC-Campinas participam de atividade com alunos surdos

Durante o evento, realizado com discentes, monitoras e professoras do CEPRE, da Unicamp, houve muita interação com diversos jogos

Os alunos e alunas do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da PUC-Campinas participaram, no último dia 27 de maio, de uma atividade realizada no Laboratório de Jogos Digitais da PUC-Campinas, com alunos surdos, monitoras e professoras do Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Oliveira da Silva Porto” (CEPRE), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A eles foram apresentados diversos jogos, com os quais puderam interagir e que foram desenvolvidos, ao longo do primeiro semestre deste ano, pelos acadêmicos do Curso de Jogos Digitais.

As professoras Dra. Magali Aparecida de Oliveira Arnais, da PUC-Campinas (ao centro), e Rosemeire Antunes Desidério, do CEPRE, interagem com o aluno do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais, Henrique Begiato Ambiel, durante o evento.

Os convidados, acompanhados pelas professoras Rosemeire Antunes Desidério e Luciana Aguera Rosa, também surdas, tiveram a oportunidade de experienciar os jogos produzidos pelos estudantes das disciplinas “Projeto 3D (Ambiental)”, ministrada pelo Prof. Me. Bruno Pires de Oliveira Rigolino, cujo objetivo foi a criação de jogos digitais 3D para computadores, com a temática ambiental; e “Projeto IA (Educação), ministrada pelo Prof. Me. Cesar da Silva Peixoto, cuja ideia foi a criação de jogos digitais mobile, com ênfase no uso de inteligência artificial para games e com a temática “Educação voltada à Libras”.

Os supervisores da ação foram o Prof. Dr. Carlos Roberto Mingoto Junior, coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais e do Curso de Design de Games, e a Profa. Dra. Magali Aparecida de Oliveira Arnais, docente responsável pelo componente curricular “Libras”, cujos alunos e alunas participaram da atividade com a elaboração de jogos on-line na plataforma Wordwall (programa utilizado para a criação de jogos didáticos que possibilita o desenvolvimento de uma grande variedade destes, como roletas, questionários de interpretação, perseguição de labirinto, entre outros).

Fazendo parcerias
De acordo com o professor Carlos Mingoto, “no âmbito da curricularização da extensão (processo que visa integrar atividades de extensão universitária ao currículo dos cursos de graduação, garantindo que elas sejam reconhecidas e contabilizadas na carga horária total destes com o intuito de fortalecer a relação entre a universidade e a sociedade), que se dá por meio dos projetos integradores (atividades acadêmicas que buscam integrar conhecimentos das disciplinas do semestre para resolver problemas práticos ou desenvolver projetos), é possível fazer parcerias muito importantes e ricas para o processo de ensino/aprendizagem. Um exemplo é essa parceria, viabilizada em conjunto com a Profa. Dra. Ivani Rodrigues Silva, do CEPRE, da Unicamp. Um ônibus buscou os estudantes visitantes da Instituição e tivemos uma tarde de jogos, feedbacks e aprendizado mútuo”.

O Laboratório de Jogos Digitais da PUC-Campinas, onde a atividade ocorreu, é um espaço dedicado ao ensino, pesquisa e desenvolvimento de jogos digitais, integrando as áreas de Artes, Computação e Design.

Para a professora Magali Arnais, “essas atividades proporcionaram uma experiência prática e interdisciplinar, relevantes para a formação dos estudantes no aspecto da acessibilidade em jogos on-line para diferentes públicos”.

Abrindo a mente para a acessibilidade
O aluno do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais, Henrique Begiato Ambiel, explica que “foi uma experiência muito bacana poder apresentar o nosso jogo para um público diferente do que aquele com o qual estamos acostumados a trabalhar nos playtests (processo de testar um jogo, geralmente por jogadores reais, para identificar problemas, falhas, bugs e desequilíbrios antes do lançamento) e foi muito divertido também ver a reação de cada um em vários momentos da atividade. Os feedbacks dados pelas professoras do CEPRE também foram bastante enriquecedores e me ajudaram a abrir a mente para os elementos de acessibilidade, que ainda enfrentam desafios e barreiras nos jogos e é necessário que tenhamos mais atenção com a comunidade surda quando formos desenvolver um game. Sem dúvidas foi uma experiência que me trouxe muitos ensinamentos e que vai me marcar bastante para a vida toda”.

Para as professoras surdas do CEPRE, Rosemeire e Luciana, a experiência foi “muito interessante”. Segundo elas, foi “gratificante observar o cuidado que a PUC-Campinas tem com a comunidade surda ao elaborar jogos digitais para esse público”.

Uma das alunas do CEPRE agradeceu também a preocupação dos acadêmicos na elaboração e construção de jogos digitais com acessibilidade para que os jovens surdos também pudessem jogar.

Jogos desenvolvidos
O rol de jogos (junto aos nomes dos estudantes que os desenvolveram), realizados durante a disciplina “Projeto 3D (Ambiental)”, seguem abaixo.

WildFire
De Bernardo Chefel Polli, Emanuel Araújo Santana, Matheus Feres Pontes e Vitor Cabrera Rojas.
Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Biolence
De Leonardo Lopes Bravo, Paulo Heitor Carrari e Ulisses Silva Pereira.
Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Forest Guardian
De Alan Borges de Oliveira, Leticia Vitoria dos Santos Silva, Milena Bezerra Gonçalves e Otávio Otto Lopes Santana.
Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Bruxaria
De Eduardo Augusto Siqueira Ciocci, Guilherme Rodrigues Proença e Lucas de Araujo de Carvalho.
Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Labirinto do Minotauro
De Jeanine Germano França, João Marcelo Porto Bilitardo e Silva, Vinícius Pasquini Rodrigues e Yara Ribeiro de Brito.

Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Libroom
De Carlos Giovanni Rosa de Almeida, Eric Navarro Diniz, Guilherme Gomes Cadamuro Pereira e Henrique Begiato Ambiel.
Para saber mais sobre ele, clique aqui.

Sobre o CEPRE
O Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Oliveira da Silva Porto” (CEPRE), da Unicamp, iniciou as suas atividades em 1973. Ao longo dos anos, ocorreu a sua ampliação para o ensino e pesquisa, passando esta a contar com uma equipe multiprofissional dedicada à reabilitação e à formação de profissionais nas áreas de deficiência visual e surdez.

Na última década, passou a atuar também na graduação de alunos e alunas de Fonoaudiologia e, mais recentemente ainda, na formação de estudantes de pós-graduação e especialização. Com isso, ampliou-se a gama de atuação com uma visão interdisciplinar e integrada dos processos de desenvolvimento humano e suas alterações, no que se refere às deficiências, à comunicação humana, à linguagem e à reabilitação.

O Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação “Prof. Dr. Gabriel Oliveira da Silva Porto” (CEPRE), da Unicamp, atende a pessoas com deficiência visual, surdez e alterações de linguagem em geral, de diversas faixas etárias.

O CEPRE faz parte ainda do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que traz jovens surdos do ensino médio para o Centro a fim de que estes se envolvam em atividades de leitura/escrita e aprendam Libras, permitindo a intensificação da oferta de cursos de formação em nível de extensão e especialização.

Quanto a população atendida, esta faz parte das mais diversas faixas etárias e é oriunda, principalmente, da Região Metropolitana de Campinas (RMC), mas também de outras regiões do Estado de São Paulo e, eventualmente, de outros estados. São atendidos no CEPRE, das mais diversas faixas etárias, usuários com deficiência visual, surdez e alterações de linguagem em geral.

Fonte: https://www.puc-campinas.edu.br/estudantes-de-jogos-digitais-da-puc-campinas-participam-de-atividade-com-alunos-surdos/

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