Por: Ana Shirley França
Em todos os relacionamentos pessoais e profissionais é preciso a realização da comunicação com amabilidade, empatia e respeito. Entre gestores e colaboradores não é diferente. Pode-se dizer de muitas formas aquilo que se deseja, mas é preciso escolher as palavras certas e amenas, respeitosas, no trato com as pessoas, quando se vai construir relacionamentos mais duráveis.
Estas atitudes envolvem a Polidez e a Empatia, representadas por escolhas amena e amável das palavras e gestos mais comedidos, a partir de múltiplas perspectivas e, embora não haja única definição a respeito, concorda-se que envolve o uso de estratégias verbais, orais ou escritas, e não-verbais, por meio dos gestos, a fim de manter a interação sem problemas sociais comunicativos.
A Empatia vai além da polidez e se vale de suas bases, para alcançar seus objetivos. Ser empático, não é apenas ser cordial, respeitoso e amável, é se colocar no lugar do outro, compreendendo suas diferenças e suas dificuldades.

Como objetivo inicial da interação, as estratégias ligadas à polidez visam transmitir uma imagem positiva da pessoa, para obter um retorno favorável ao propósito da comunicação. Com isso, é fácil entender como o conceito está ligado, pelo sentido, a outros, como a Cortesia, a Delicadeza e a Etiqueta.
Nesta análise, percebe-se que os relacionamentos profissionais, as interações sociais, na comunicação, exigem um grau de polidez satisfatório, para que se possa conviver em harmonia com todos os envolvidos no processo organizacional. Quando se ouve falar de atitude politicamente correta, de “jogo de cintura”, de “política da boa vizinhança”, está se falando de ser polido.
Sem dúvida, a polidez faz parte do bom convívio e, inegavelmente, depende de um conjunto de ações, principalmente, do domínio da língua com uma visão mais crítica e de adequações desse conhecimento à realidade vivida.
Por outro lado, não se quer gessar comportamentos sociais ou se pregar a dissimulação, a falsidade, até por que o modo “como” o sujeito deseja ser visto ou se apresenta em público vai além da performance do corpo e da língua, pois envolve aspectos simbólicos e psicológicos, nem sempre perceptíveis, como responsáveis por comportamentos sociais individuais.
Portanto, quando se está em nível de relacionamentos profissional e de liderança, torna-se oportuno alertar para a necessidade de a comunicação incorporar, em qualquer nível social e em qualquer tipo de linguagem, a polidez como forma de conduta e atitude, mas não se pode esperar que essas formas de proceder sejam iguais em todas as pessoas ou que sejam sempre iguais no mesmo indivíduo.
Assim, ser polido exige vigilância constante nas ações, essencialmente, nos relacionamentos profissionais e de trabalho; porém, é preciso ir além, é necessário entender os diferentes, compreender fraquezas e virtudes, e saber conduzir os relacionamentos laborais da melhor forma possível, com polidez e empatia.
*Conselheira Titular CRA-RJ. Coordenadora da Comissão Especial do Trabalho e Empregabilidade do CRA-RJ. Top Voice. Coordenadora do Curso de Administração Unyleya. Empreteca. Proprietária do Brechopin – Reuso. Avaliadora MEC/INEP. Autora. Conselheira PUC angels.