As zonas úmidas das terras altas chilenas foram destacadas nos Estados Unidos

Na União Geofísica Americana (AGU) 2024, pesquisadores chilenos apresentaram avanços cruciais na compreensão dos pântanos de planaltos, ecossistemas únicos que podem ser essenciais para o futuro ambiental do planeta.

Uma equipe multidisciplinar, liderada pelo professor Francisco Suárez de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Católica (UC), juntamente com pesquisadores do Centro do Deserto do Atacama da UC e da Universidade do Chile, está desenvolvendo um projeto Anillo financiado pela Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (ANID).

Este projeto pioneiro se concentra na exploração do passado e do futuro das zonas úmidas das terras altas, usando o Salar de Huasco como um laboratório natural.

O trabalho de campo inclui a validação de locais para instalação de instrumentação avançada apoiada por dados de satélite e revisão de equipamentos existentes. “O projeto também inclui estudantes de pós-graduação, que contribuem para o progresso científico com suas próprias pesquisas nas zonas úmidas do Altiplano, ecossistemas de vital importância para a biodiversidade e a sustentabilidade ambiental”, diz Suárez.

A pesquisa busca entender como esses delicados ecossistemas respondem às pressões das mudanças climáticas e como eles podem ser gerenciados de forma sustentável.

Descobertas chilenas no cenário mundial

O impacto desta pesquisa chilena ficou evidente na Reunião Anual de 2024 da União Geofísica Americana (AGU), em Washington, DC, onde a equipe apresentou oito artigos científicos. Esta conferência, considerada a mais importante do mundo em geofísica, forneceu uma plataforma para compartilhar o progresso do projeto com a comunidade científica internacional.

“Esta conferência nos deu a oportunidade de compartilhar nossos avanços em modelagem hidrológica, variabilidade climática, interação entre águas subterrâneas e lagos e o uso de aprendizado de máquina para estudar processos ecossistêmicos complexos”, diz Suárez.

A equipe usa abordagens interdisciplinares, ferramentas tecnológicas de ponta e colaborações internacionais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas nesses ecossistemas únicos. O estudo das zonas úmidas das terras altas chilenas se posiciona como uma contribuição fundamental para a compreensão e preservação desses ambientes frágeis, cruciais para o futuro do planeta.

Fonte: COOPERATIVA CIENCIA

COMPARTILHE:

POSTS

Mais recentes