Cuidar da Mente é Estratégia: A Importância da Saúde Mental e da Gestão de Riscos Psicossociais nas Empresas

Por Yvianne Takeda

A saúde mental deixou de ser um assunto restrito ao consultório e se tornou uma prioridade nas empresas – e não é por acaso: os índices crescentes de afastamentos por transtornos mentais, como depressão, ansiedade e burnout, acenderam um alerta importante para empresas de todos os portes. O cuidado com a mente deixou de ser apenas uma pauta individual e passou a ser uma responsabilidade compartilhada – inclusive no mundo do trabalho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão e a ansiedade custam à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade. Esse número evidencia o quanto o bem-estar emocional é, sim, uma questão estratégica.

A saúde mental como parte da estratégia
Empresas que investem em saúde mental colhem mais do que bem-estar: ganham em produtividade, engajamento e retenção de talentos. Colaboradores emocionalmente saudáveis lidam melhor com os desafios, colaboram mais e constroem ambientes mais criativos e cooperativos.

Mas esse cuidado vai além da oferta de benefícios como sessões de terapia ou palestras motivacionais. Envolve uma mudança de cultura que valorize a escuta, o acolhimento e a prevenção

Terapia como ferramenta de fortalecimento pessoal e profissional
Ao oferecer ou facilitar o acesso à terapia, as organizações não apenas apoiam o indivíduo, mas fortalecem todo o time. A psicanálise e outras abordagens terapêuticas promovem autoconhecimento, inteligência emocional e habilidades socioemocionais que são fundamentais para uma atuação mais equilibrada no dia a dia corporativo.

Funcionários que se conhecem melhor tomam decisões mais conscientes, estabelecem limites saudáveis e são menos propensos ao adoecimento.

Riscos psicossociais: o que são e por que importam
Riscos psicossociais são fatores do ambiente de trabalho que podem afetar a saúde mental dos colaboradores. Excesso de cobrança, jornadas longas, falta de reconhecimento, relações tóxicas e ausência de propósito são alguns exemplos. Ignorar esses riscos pode resultar em adoecimento coletivo, clima organizacional negativo e, a longo prazo, impactos financeiros significativos.

A gestão desses riscos exige um olhar estratégico e sensível. Avaliações regulares, canais seguros de escuta, formação de lideranças empáticas e políticas internas claras são ações fundamentais.

Cuidar da mente é cuidar do negócio
Promover saúde mental nas empresas é, antes de tudo, um compromisso com a vida das pessoas. Mas também é uma decisão inteligente do ponto de vista organizacional. Empresas que abraçam essa causa estão à frente – são mais humanas, inovadoras e sustentáveis.

Que o cuidado com a mente deixe de ser tabu e se torne parte do DNA de todas as empresas. Porque gente saudável constrói negócios saudáveis.

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