O dinheiro dos colaboradores pode estar afetando os resultados da sua empresa, e muito

Por Gabriel Ramos

Você já parou para pensar o quanto as finanças pessoais do seu time afetam os resultados da sua empresa?

Talvez, no meio da correria, isso passe despercebido. Mas os dados mais recentes mostram que colaborador endividado rende menos, erra mais, falta mais, se desmotiva e, muitas vezes, vai embora.

E o impacto disso vai direto para onde mais dói: o caixa da empresa.

Vamos começar entendendo o cenário em que o seu time está inserido:

IndicadorFonteDado Atual
Brasileiros inadimplentesSerasa (2024)72 milhões
Dívida média por pessoaSerasa (2024)R$ 5.373,46
Colaboradores que trabalham melhor com contas em diaCreditas & Opinion Box (2024)71%
Colaboradores prejudicados no trabalho por estarem endividadosCreditas (2024)64%
Profissionais que querem educação financeira na empresaCreditas (2024)92%
Empresas que oferecem hoje esse apoioCreditas (2024)Apenas 30%

Ou seja, a maioria das pessoas está endividada, sente que isso atrapalha seu trabalho e deseja ajuda, mas quase nenhuma empresa oferece.

O impacto é invisível nas empresas

Essas dívidas não aparecem no DRE da empresa, mas geram perdas silenciosas todos os dias. Vamos aos fatos:

  • Gente estressada rende menos.
  • Gente preocupada se atrasa mais.
  • Gente endividada, muitas vezes, pede demissão só para sacar o FGTS.

Agora, vamos aos números na prática.

Imagine uma empresa com 100 colaboradores. Veja o que pode estar acontecendo:

Estudos da PwC indicam que 43% dos colaboradores perdem até 3 horas por dia tentando resolver problemas financeiros.

IndicadorCálculoResultado
Pessoas afetadas100 x 43%43 pessoas
Horas perdidas por dia43 x 3h129 horas/dia
Horas perdidas por mês (22 dias úteis)129 x 222.838 horas/mês
Equivalente a colaboradores improdutivos2.838 ÷ 176h16 pessoas
Custo mensal (salário médio R$ 3.000)16 x 3.000R$ 48.000
Custo anual da improdutividadeR$ 48.000 x 12R$ 576.000

Ou seja: você pode estar pagando 16 pessoas por mês para não produzirem sem saber.

Custo da rotatividade causada por dívidas

Pessoas endividadas pedem demissão para “pegar o acerto” e tentar reorganizar a vida.

IndicadorCálculoResultado (R$)
Demissões por ano (20% da equipe)100 x 20%20 pessoas
Custo médio por demissãoInclui rescisão, seleção, integraçãoR$ 54.000
Custo total anual com rotatividade20 x R$ 54.000R$ 1.080.000
Economia com 25% de redução5 demissões a menosR$ 270.000

Empresas que investem em educação financeira ganham

Estudos mostram que empresas que oferecem programas de educação financeira têm ganhos reais:

  • +9% em produtividade
  • +37% em crescimento nas vendas
  • -25% em rotatividade
  • +engajamento e melhor clima organizacional

Se sua empresa fatura R$ 1 milhão por mês, veja o potencial:

ImpactoCálculoGanho anual (R$)
+9% produtividadeR$ 90.000/mêsR$ 1.080.000
+37% em vendasR$ 370.000/mêsR$ 4.440.000
Total de potencial de ganhoR$ 5.520.000/ano

Ou seja, o que você perde por não agir pode custar milhões ao ano.

Você não precisa virar especialista em finanças. O que precisa é trazer para dentro da sua empresa um programa de educação financeira simples, direto e com linguagem que o colaborador entenda e queira participar.

Ignorar a realidade financeira do colaborador não sai de graça.
Na verdade, é bem caro. Em forma de rotatividade, improdutividade, absenteísmo, erros e até acidentes de trabalho.

A boa notícia é que dá para mudar isso. Dá para cuidar da equipe, melhorar os resultados e ainda economizar centenas de milhares de reais por ano.

Mas isso começa com uma decisão: enxergar o problema e agir.

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