Ponte Aérea 04 no Pavilhão de Belas Artes da UCA

Na quinta-feira, 20 de fevereiro, às 18h30, será inaugurada no Pavilhão de Belas Artes da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA) a exposição Puente Aéreo 04 (PA 04), a primeira exposição do ano neste espaço. Organizada por Cecilia Cavanagh, diretora do Pavilhão, e Ernesto Muñoz, curador da exposição e presidente do capítulo chileno da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), a exposição comemora o 40º aniversário do Tratado de Paz e Amizade entre Chile e Argentina.

Este acordo, considerado um marco na diplomacia do Vaticano, foi mediado pelo então Papa João Paulo II e consolidou uma relação bilateral baseada na paz, na cooperação e no intercâmbio cultural entre ambas as nações.

Marcelo Kohn, Silêncio. Fotografia de captura digital. Impressão giclée, 100% algodão 305 g., 80 x 54 cm

A diretora do Pavilhão Cecilia Cavanagh destaca a relevância desta exposição como expressão do compromisso cultural entre ambos os países. “O Tratado de Paz e Amizade foi um acordo que resolveu os problemas fronteiriços entre ambos os países e estabeleceu um programa de paz como eixo inspirador de toda a relação argentino-chilena, que, no âmbito cultural, se fortaleceu por meio de um fluido intercâmbio acadêmico, artístico e cultural”, afirmou.

Por sua vez, o curador Ernesto Muñoz acredita que esta exposição é uma oportunidade para reafirmar o valor da arte como ponte entre ambos os territórios. “A Ponte Aérea IV – 2025 representa muito mais do que uma conexão física ou geográfica. É um convite à liberdade, à troca genuína e ao diálogo artístico irrestrito. Nesta exposição, as obras de artistas chilenos e argentinos são apresentadas em um contexto de fraternidade, mostrando visões compartilhadas, sonhos e o compromisso de ambos os países com um mundo melhor”, disse ele. Esse vínculo foi fortalecido por meio de iniciativas históricas como  Puente Aéreo I, II e III ,  Insólita Colección e CAYC, que fazem parte do legado cultural compartilhado.

Obras e artistas em destaque

As obras expostas destacam-se pela diversidade técnica e conceitual, abordando temas que vão da liberdade criativa e abstração geométrica até reflexões profundas sobre memória, identidade e compromisso social.

  • Juan Astica propõe uma linguagem pictórica onde a liberdade criativa é central, convidando o espectador a novas interpretações.
  • Jacques Bedel trabalha com materiais não convencionais, como policarbonato e plástico laminado, onde a luz e a transparência são os elementos principais.
  • Nora Correas apresenta um “colete de armadura”, símbolo de proteção e fragilidade, construído com cacos de vidro e materiais descartados.
  • Roberto Elía combina o poético e o conceitual em objetos e desenhos que reconfiguram elementos pré-existentes.
  • Hernán Dompe, com sua obra “La Luna”, nos convida a explorar a espontaneidade da natureza através do ferro pintado.
  • Juan Lecuona introduz uma luz particular que transforma a precisão geométrica em um campo de névoa luminosa.
  • Matilde Marín desenvolve paisagens imaginárias como metáforas para uma viagem introspectiva.
  • Zulema Maza, em uma fotografia intervencionada, retrata Victoria Ocampo em uma cena de meditação profunda.
  • Em sua obra, Eduardo Medici gera uma reflexão sobre a miséria humana e o impacto da guerra.
  • Osvaldo Monzo, em “Noites Orientais”, estabelece um diálogo através da cor, forma e textura.
  • Marcelo von der Heyde cria esculturas de ferro que transmitem estados de espírito e relações simbólicas com o ambiente.

Os artistas chilenos, por sua vez, exploram a conexão entre natureza, identidade e abstração, com propostas que convidam ao diálogo visual e conceitual.

  • Soledad Chadwick propõe uma conexão entre matemática e natureza através da geometria fractal.
  • Filipa Eyzaguirre trabalha com planos, manchas e linhas para retratar sua realidade interna.
  • Francisca Garriga, influenciada pela arte cinética, integra elementos leves e plásticos para transcender o meramente visual.
  • Marcelo Kohn oferece uma reflexão sobre fragilidade visual e inclusão social.
  • Alicia Larrain esculpe um tabuleiro de xadrez tridimensional onde coexistem os rostos de Pablo Neruda e Delia del Carril, “La Hormiguita”.
  • Karen Lüderitz usa blocos de cor e formas geométricas inspirados nas paisagens naturais do Chile.
  • Hilda Rochna destaca a nobreza do mármore de Carrara em esculturas geométricas de alta precisão.
  • Jaime Urbina explora a dualidade entre realidade e ficção, tendo a cor como protagonista central.
  • As fibras de juta nas obras de Francisca Valenzuela evocam um poderoso sentimento de reunião.
  • Andrés Vio cristaliza ritmos e contrastes em composições dinâmicas.
  • Por fim, Angela Wilson desenvolve um enredo abstrato complexo que desafia o espectador com gestos expressivos contínuos.

Para agendar:

Português: Nome da exposição:  Puente Aéreo 04
Artistas: Juan Astica, Jacques Bedel, Nora Correas, Roberto Elía, Hernán Dompe, Juan Lecuona, Matilde Marín, Zulema Maza, Eduardo Medici, Osvaldo Monzo, Marcelo von der Heyde, Soledad Chadwick, Filipa Eyzaguirre, Francisca Garriga, Marcelo Kohn, Alicia Larrain, Karen Lüderitz, Hilda Rochna, Jaime Urbina, Francisca Valenzuela, Andrés Vio, Ángela Wilson
Curador: Ernesto Muñoz, presidente da AICA Internacional, Capítulo Chileno
Diretora do Pavilhão: Cecilia Cavanagh, Membro da AACA e da AICA Internacional
Abertura: Quinta-feira, 20 de fevereiro, 18h30
Encerramento: Domingo, 6 de abril de 2025
Entrada: Gratuita
Horário: Terça a domingo e feriados, das 11h às 19h.

Fonte: UCA

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