Quando o impacto social vira receita: LTV e MRR no centro

Você já se perguntou o que acontece quando uma métrica financeira cruza com uma transformação social? Em um SaaS tradicional, LTV e MRR são apenas sinais de saúde financeira. Mas em negócios de impacto, essas siglas contam outra história: a de um ciclo virtuoso onde cada real entra porque alguém acreditou que, ao pagar por uma solução, também está financiando um mundo melhor.

Enquanto startups tradicionais pensam apenas em retorno financeiro, negócios de impacto navegam em uma rota dupla: gerar valor para a sociedade e garantir a sustentabilidade econômica. E é aí que LTV (Lifetime Value) e MRR (Monthly Recurring Revenue) ganham uma nova camada de significado.

Mesmo em negócios guiados por propósito, precisamos de métricas sólidas para entender a saúde financeira. O MRR mostra a previsibilidade da receita — essencial para planejar crescimento, escalar operações e manter times engajados. Já o LTV ajuda a entender o valor total que um cliente entrega ao longo do tempo. Só que, nos negócios de impacto, esse cliente também é, muitas vezes, um agente transformador: ele doa, compartilha, engaja outros. O LTV se estende para além do financeiro e começa a tocar o campo da reputação, confiança e efeito rede.

Aqui entra a mágica dos negócios de impacto: impacto social gera valor percebido, que gera fidelização, que gera LTV maior. Quando um projeto transforma vidas, ele também cria defensores da marca. Pessoas que renovam assinaturas, trazem novos usuários e contribuem com mais frequência. Em outras palavras: quando o impacto real é percebido, o engajamento cresce — e o MRR acompanha.

Um bom produto de impacto sabe responder: qual é o efeito do meu serviço na vida de alguém? E depois: como esse efeito influencia meus números? Relacionar aumento no MRR com campanhas de storytelling sobre impacto, medir LTV por tipo de causa apoiada ou observar a correlação entre NPS social e retenção são caminhos possíveis. Criar cohortes com base em nível de engajamento com causas também ajuda a testar hipóteses e investir melhor tempo e dinheiro — sempre alinhado com propósito.

Impacto social não precisa ser só um bônus ético. Ele pode — e deve — ser parte da estratégia de crescimento. Quanto mais claro for o valor que você gera para a sociedade, maior o engajamento. E quanto maior o engajamento, mais saudável o seu MRR. Mais longeva a relação com o cliente. Maior o LTV. No fim do dia, é uma conta simples: fazer o bem pode, sim, gerar bons negócios.

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