Neste ciclo, cursos da graduação presencial e online foram avaliados com o conceito máximo, 5
Cursos da graduação presencial e online da PUCRS receberam do Ministério da Educação (MEC) o conceito 5. O Conceito de Curso avalia a qualidade do curso de graduação, sendo o resultado de uma análise criteriosa que reconhece a estrutura, corpo docente, projeto pedagógico e compromisso com a formação de excelência numa escala que vai de 1 a 5, sendo 5 o conceito máximo.
Neste ciclo avaliativo, os seguintes cursos foram avaliados: Relações Internacionais; Comunicação Empresarial; Filosofia (licenciatura); Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Pedagogia – na graduação presencial – e Processos Gerenciais; Gestão Financeira; Gestão de Recursos Humanos; Comércio Exterior e Gestão Comercial – na graduação online.
As avaliações são conduzidas pelo Ministério da Educação, e as visitas in loco tem o objetivo de coletar evidências e oportunizar que os diferentes representantes da comunidade acadêmica possam apresentá-las, tanto durante reuniões agendadas, como mediante diversos documentos apresentados. As avaliações aconteceram na modalidade virtual (os avaliadores conheceram os espaços da PUCRS a distância), entre os meses de fevereiro e abril de 2025.
Essas visitas envolveram as equipes e setores vinculados à Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (PROGRAD), das Escolas e Diretoria de Planejamento e Avaliação (DIRPLAN), e das comissões avaliadoras do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Além delas, diversas áreas da Universidade também participaram, como o PUCRS Carreiras, Centro de Apoio Discente, Biblioteca, entre outras.
A pró-reitora da PROGRAD, Adriana Kampff, explica que os conceitos institucionais obtidos pela PUCRS, demonstram a qualidade da Universidade. Ela ressalta que esse resultado é fruto das políticas acadêmicas e administrativas institucionais, da atuação no ensino, na pesquisa e na extensão, bem como do engajamento dos professores, dos técnicos e dos estudantes, em articulação com a comunidade.
“A PUCRS é um ecossistema formativo, com percursos diversificados e inúmeras possibilidades para o desenvolvimento dos estudantes, dos técnicos, dos professores e da sociedade. Das políticas de ingresso no ensino superior às políticas de permanência e êxito; das possibilidades de ensino com práticas reais ao apoio de carreira; das inserções em pesquisa às trilhas que levam à inovação e geração de negócios de impacto; da participação em atividades formativas complementares aos programas de internacionalização; dos espaços de bem-estar aos programas extensionistas; da disponibilidade e diversidade de laboratórios ao acervo e serviços da biblioteca, da infraestrutura do campus às práticas de gestão – tudo isso (e muito mais) é objeto de análise dos avaliadores nas visitas in loco, em consonância com as melhores práticas para o Ensino Superior.”
A importância das avaliações
Para que cursos de educação superior sejam ofertados, é necessária uma emissão prévia de ato autorizativo por parte do Ministério da Educação. Esses atos autorizativos emitidos pelo MEC são, cronologicamente: autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento. A legislação nacional preceitua que tais atos serão emitidos por prazo determinado, devendo ser periodicamente renovados, após regular avaliação. Nesse sentido, a procuradora institucional e coordenadora da CPA, Luciana Buksztejn Gomes, explica que a PUCRS, por ser uma Universidade dotada de autonomia, emite os seus atos de autorização para a oferta de cursos novos.
Uma vez que o curso esteja em funcionamento, no período entre 50 (cinquenta) e 75% (setenta e cinco por cento) do prazo previsto para a integralização da carga horária, a Instituição deverá protocolar pedido de reconhecimento de curso. Superadas essas duas fases iniciais, de entrada no Sistema Federal de Ensino, um curso passará, então, por renovações periódicas de seu reconhecimento.
A partir da Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituída em 2004, a renovação de reconhecimento dos cursos passou a ser vinculada à periodicidade trienal de aplicação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), que faz parte do ciclo avaliativo, no qual todos os cursos superiores se inserem. Desse modo, Luciana Buksztejn Gomes explica que grande parte dos cursos têm a sua renovação de reconhecimento concedida por meio dos indicadores de qualidade decorrentes do ENADE – no caso o Conceito Preliminar de Curso (CPC).
“No entanto, mesmo que o curso tenha um bom desempenho no CPC, o MEC pode definir que determinados cursos sejam sinalizados para receber visita in loco para averiguar as condições de oferta dos cursos. Também neste cenário, há cursos que não participam da prova do ENADE (por uma definição do MEC), o que cria a necessidade de que os cursos passem por visitas in loco regulares para obterem a sua renovação de reconhecimento”.
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Na PUCRS, os processos de visita in loco são conduzidos pela PROGRAD. Por ser um processo de Avaliação Externa, a atuação da Comissão Própria de Avaliação (CPA) é essencial, uma vez que os resultados desses processos de visita in loco trazem importantes subsídios para o aprimoramento dos processos em nível de gestão dos cursos de graduação. Luciana ressalta que a Comissão tem um papel estratégico na avaliação dos cursos de graduação, incluindo os processos de reconhecimento e renovação de reconhecimento realizados pelo Inep.
“Uma CPA atuante indica que a instituição possui governança e compromisso com a qualidade, o que influencia positivamente a percepção dos avaliadores e, por consequência, o conceito final do curso”. Ela salienta ainda que os avaliadores do Inep consultam os relatórios da CPA durante a visita in loco, de modo que é preciso elaborar esses documentos com zelo e transparência, evidenciando que a Universidade conhece seus pontos fortes e fragilidades, que há planos de melhoria contínua e que existe a participação da comunidade acadêmica no processo avaliativo. “Como resultado de todo o trabalho desenvolvido, a CPA busca atuar como elo entre a comunidade acadêmica e a gestão superior da universidade”, acrescenta Luciana.