Casa Orozimbo recebe ateliê sobre violência doméstica com mulheres do Campo Belo e do Itatinga

Além desta ação, coordenadores de instituições de apoio social participaram de uma reunião na qual discutiram os serviços municipais campineiros voltados à população em situação de rua

O Programa de Desenvolvimento Humano e Integral – Levanta-te e Anda (PDHI-LA) realizou, no último dia 18 de março, na Casa Orozimbo, um ateliê sobre violência doméstica com a presença de 30 mulheres dos bairros campineiros Campo Belo e Itatinga.

No mesmo local, no dia anterior, 17 de março, 12 coordenadores de instituições de apoio social estiverem presentes para uma reunião de coordenação sob a orientação do psicólogo Willian Azevedo de Souza, coordenador da área de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Prefeitura Municipal de Campinas, sobre os serviços municipais voltados à população em situação de rua.

Durante o ateliê sobre violência doméstica, a advogada orientadora do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NECDH) da PUC-Campinas, Dra. Paola Fernanda da Silva Mineiro, e a integradora acadêmica e professora do curso de Direito da Universidade, Dra. Elisângela Rodrigues de Ávila, promoveram uma reflexão sobre a violência doméstica contra as mulheres, oferecendo informações sobre o tema sob o ponto de vista legal. Além disso, elas prestaram orientações e procedimentos para denúncias.

Sobre o ateliê
Durante o ateliê sobre violência doméstica, a advogada orientadora do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NECDH) da PUC-Campinas, Dra. Paola Fernanda da Silva Mineiro, e a integradora acadêmica e professora do curso de Direito da Universidade, Dra. Elisângela Rodrigues de Ávila, promoveram uma reflexão sobre a violência doméstica contra as mulheres, oferecendo informações sobre o tema sob o ponto de vista legal. Além disso, elas prestaram orientações e procedimentos para denúncias.

De acordo com a gerente de Extensão da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da PUC-Campinas, Profa. Dra. Vera Lúcia dos Santos Placido, o encontro foi uma oportunidade para que as mulheres presentes pudessem aprender mais sobre como se proteger e exigir os seus direitos.

“Atividades e/ou ações como essas marcam, mais assertivamente, o compromisso da nossa Universidade em fomentar o desenvolvimento humano e integral, sempre se pautando em sua missão e em seus valores. Defender o desenvolvimento humano e integral requer que nos aproximemos dos grupos sociais vulnerabilizados, escutando as suas dores e, de alguma forma, potencializando as condições para que os diversos riscos que enfrentam sejam minimizados. Este é um grande compromisso da Casa Orozimbo, entendida como um Núcleo de Referência em Estudos de Desenvolvimento Humano e Integral (NREDHI)”, explica a professora.

Durante o evento, houve a distribuição da cartilha “Violência Doméstica – Entenda o que É e Como Denunciar”, realizada pela Frente Igualdade de Gênero do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NECDH) da PUC-Campinas.

Ela completa dizendo que “dado isso, a PUC-Campinas, sendo também uma NREDHI, reafirma a sua vocação com uma educação de qualidade, atenta as diversas questões contemporâneas e propositora de uma formação integral a todos os nossos estudantes”.

Compartilhando experiências
O ateliê teve início com uma breve apresentação das palestrantes sobre o combate à violência doméstica e as questões sociais que envolvem o tema, tendo sido conduzido de forma interativa, permitindo que as participantes compartilhassem as suas experiências.

Antes da explanação houve a distribuição da cartilha “Violência Doméstica – Entenda o que É e Como Denunciar”, realizada pela Frente Igualdade de Gênero do Núcleo de Ensino Clínico em Direitos Humanos (NECDH) da PUC-Campinas. Além da Dra. Paola, a cartilha foi também elaborada pela Profa. Dra. Christiany Pegorari Conte, da Faculdade de Direito, e pelas estagiárias do NECDH, Ana Carolina Anizia da Rocha e Maria Luísa Cardoso Secco, sendo uma obra desenvolvida com o intuito de ser uma ferramenta educativa para informar e empoderar mulheres em situações de violência doméstica.

Devido aos alarmantes índices de feminicídio e de violência de gênero em Campinas e no Brasil, o trabalho foi produzido com o objetivo de desmistificar conceitos e orientar sobre direitos, além de oferecer um guia prático sobre como denunciar e buscar proteção. O seu propósito é contribuir para a conscientização e combate à violência de gênero, fortalecendo redes de apoio e proteção às vítimas, contendo informações detalhadas sobre os diversos tipos de violência contra a mulher, como física, psicológica, patrimonial, sexual e moral. Além disso, o material mostra como é possível realizar denúncias e o que preveem as chamadas Leis de Proteção às Mulheres.

Ambos os eventos foram realizados pelo Programa de Desenvolvimento Humano e Integral – Levanta-te e Anda (PDHI-LA). Ele atua como um ecossistema acadêmico social que conecta os pilares da Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão. Desta forma, promove a formação de cidadãos críticos e comprometidos com uma transformação social duradoura, atendendo as demandas de comunidades vulnerabilizadas.

Durante a apresentação, as palestrantes estimularam uma participação ativa das mulheres presentes e elas puderam relatar as suas experiências pessoais, compartilhar dúvidas e fazer perguntas sobre como lidar com situações de violência. As questões abordadas pelas participantes foram diversas, incluindo dúvidas sobre como identificar sinais de violência psicológica, como agir em casos de agressões físicas e como obter suporte jurídico em situações de abuso, tendo sido possível discutir abertamente as suas vivências e se informar sobre os direitos garantidos pela legislação brasileira.

Fortalecendo a articulação
Além do ateliê sobre violência doméstica, 12 coordenadores de instituições de apoio social participaram de uma reunião, no último dia 17 de março, realizada pelo psicólogo Willian Azevedo de Souza, sobre os serviços municipais voltados à população em situação de rua.

O NECDH da Faculdade de Direito da PUC-Campinas articula os três eixos da Universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão) através de encontros com palestrantes, professores, produção de notas técnicas, relatórios, artigos, resumos, participação em eventos e incidência na sociedade com base em quatro linhas: igualdade racial, igualdade de gênero, imigração e moradia.

A professora Vera diz que “a participação da Prefeitura Municipal de Campinas é essencial para alinhar as ações com as políticas públicas locais, uma vez que a colaboração entre os diferentes atores é fundamental para melhorar o atendimento às pessoas em situação de rua no município, buscando soluções integradas e eficazes.”.

As instituições representadas durante a reunião de coordenação foram o Projeto Há Esperança, a Casa Santa Dulce dos Pobres, o Abrigo Santa Clara, a Associação Cornélia Vlieg, o SOS Rua, o Abrigo Casa Juninho; a Cáritas; a Prefeitura Municipal de Campinas; e o Centro POP II, vinculado à esta última.

Sobre o Centro POP
O Centro POP é um órgão da Prefeitura Municipal de Campinas que conta com duas unidades e oferece diversos serviços gratuitos à população em situação de rua, dentre os quais, espaço para higiene pessoal, apoio para conseguir documentos pessoais, local para guardar pertences e informações sobre trabalho, além de ser possível tirar dúvidas sobre temas em geral.

Fonte: https://www.puc-campinas.edu.br/casa-orozimbo-recebe-atelie-sobre-violencia-domestica-com-mulheres-do-campo-belo-e-do-itatinga/

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