Novas estratégias de mudança nas organizações em meio à complexidade de cenários

Por Ana Shirley França

As mudanças norteiam o tempo atual. Elas são constantes, e a velocidade em que elas ocorrem é cada vez maior. Como bem observou Peter Drucker, a atual regra dos negócios é estar preparado para mudar e competir com competência, porque o passado não vai se repetir e o sucesso que ontem se alcançava, já não mais será igual como antigamente, assim como o sucesso de hoje não se sustentará amanhã, sem mudanças.

O sistema econômico mundial mudou e está hoje fortemente inserido no domínio do sistema privado se sobrepondo à propriedade pública. Vê-se grandes redes de organizações, onde poucos dominam determinados mercados

É importante lembrar que em uma economia cada vez mais globalizada e em rede, a grande competitividade é mundial, o que faz com que os desafios sejam bem maiores. As fronteiras estão cada vez mais imperceptíveis, e as competências e o profissionalismo passam a ser o que move mundo e, em consequência, grandes mudanças deverão ocorrer no cenário empresarial.

As empresas necessitam rapidamente se adaptar aos novos tempos, sob o risco de perderem competitividade e. automaticamente, perderem o poder de concorrência ou não subsistir. Em meio a tanta turbulência, neste momento de alta tecnologia, o ser humano, principal ente capaz de tornar a empresa permanentemente competitiva, deve ser o foco, pois só profissionais bem formados e qualificados podem, por meio de suas competências, realizar o acompanhamento das drásticas e rápidas mudanças.

Com isso, é preciso mudanças significativas nos processos e transição de modelos administrativos. A organização pesada, burocrática, extremamente hierarquizada, com baixo valor agregado e sem diversidade de pessoas, precisa dar lugar a um novo modelo de administração; mais ágil, flexível, rápido, com poucos níveis hierárquicos, focado no seu público-alvo, com a revisão permanente dos processos, com melhorias contínuas e com atenção ao seu entorno e altamente inclusivas. Aquelas que não mudarem correm riscos de não subsistir.

A tecnologia, usada como meio, deve acompanhar e promover mudanças, já que está disseminada em todos os lugares do mundo, com custos mais baixos, o que torna as distâncias menores e as informações cada vez mais rápidas, promovendo uma comunicação mais síncrona.

A Internet que alcança mais usuários, dá grande contribuição nesse processo. Os consumidores estão cada vez mais exigentes. O comércio eletrônico transforma as regras do comércio convencional e a mão de obra braçal dá lugar à intelectual e à tecnológica, já que a tecnologia passou a ocupar as atividades repetitivas e manuais do trabalho.

O conhecimento e a informação na empresa são fatores estratégicos que contribuem à sobrevivência das organizações e permitem, concomitantemente, que elas se desenvolvam e se mantenham saudáveis.

As mudanças são prementes e devem ir de encontro a cenários complexos que se desenham hoje e para o futuro, como estigma do mundo contemporâneo. Nos novos tempos, a mudança faz parte do dia a dia das organizações, de forma que possam responder rapidamente aos problemas trazidos pelas transformações e pelos cenários complexos que se desenham abruptamente.

As organizações precisam estar atentas à grande crise climática e à sustentabilidade em seus três grandes pilares: o social, o econômico e o ambiental, certas de que o crescimento e a sobrevivência das empresas dependerão das mudanças de estratégia que adotarem para solucionar questões complexas em meio a esses pilares.

*Conselheira Titular CRA-RJ. Coordenadora da Comissão do Trabalho e Empregabilidade CRA-RJ. Top Voice. Coordenadora do Curso de Administração Unyleya. Empreteca. Proprietária do Brechopin – Reuso e da Verde Belo. Avaliadora MEC/INEP. Autora. Conselheira PUC angels.

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