O Custo da Rotatividade: um desafio que a Sua empresa precisa encarar

Quando um colaborador pede demissão ou é desligado, o impacto financeiro para a empresa vai muito além da simples rescisão. A verdade é que cada saída representa uma perda de dinheiro, tempo, produtividade e conhecimento acumulado.

Muitas empresas não fazem esse cálculo. Ignoram, porque não aparece diretamente no balanço. Mas ele existe e custa caro.

Quais são os custos envolvidos na rotatividade?

Quando falamos em custo de rotatividade, estamos falando de 4 grandes blocos de prejuízo:

Custo de Desligamento:

  • Rescisões contratuais (férias proporcionais, 13º, multas, etc.)
  • Tempo do RH e dos gestores envolvidos no processo

Custo de Recrutamento e Seleção:

  • Divulgação de vagas
  • Plataformas de recrutamento
  • Tempo do RH analisando currículos e fazendo entrevistas
  • Tempo dos líderes participando de entrevistas e avaliações

Custo de Integração e Treinamento:

  • Período de adaptação do novo colaborador
  • Treinamentos iniciais (tempo dos instrutores, materiais, acompanhamento)
  • Queda de produtividade nos primeiros meses enquanto o colaborador aprende

Custo de Perda de Produtividade:

  • Até que o novo colaborador atinja a mesma performance do anterior, a empresa perde capacidade produtiva, qualidade, velocidade e, muitas vezes, até clientes.
  • Isso também gera sobrecarga no time que fica, aumentando chances de erros, estresse e até mais desligamentos.

E quanto isso realmente custa?

Diversos estudos e consultorias, como PwC, SHRM (Society for Human Resource Management) e a startup Quansa, apontam que substituir um colaborador custa, em média, de 1,5 a 2 vezes o salário anual dele.

Isso significa que, se um colaborador ganha R$ 3.000,00 por mês:

  • O custo de rotatividade dele gira em torno de R$ 54.000,00 a R$ 72.000,00.

E sim, você leu certo: esse é o custo real de perder uma única pessoa.

Exemplificando:

Vamos pensar em uma empresa com 100 colaboradores.

  • A média de rotatividade no Brasil, segundo a Panrotas e o Caged, gira em torno de 56% ao ano (um dos maiores índices do mundo).

Vamos usar um cenário mais conservador, de 20% ao ano:

  • 20 colaboradores saindo por ano.

Se cada saída custa, em média, R$ 54.000,00:

  • O custo total da rotatividade anual é de R$ 1.080.000,00.

Isso é mais de 1 milhão por ano simplesmente indo embora, só para ficar rodando gente dentro da empresa.

Se a empresa reduz a rotatividade em 25%, deixa de perder:

  • 5 colaboradores no ano.
  • Economia direta: 5 x 54.000 = R$ 270.000,00.

E esse é só o custo direto. Não estamos nem contando os impactos indiretos, como: menos erros operacionais, menos sobrecarga no time que fica, menos desgaste do RH, melhor atendimento ao cliente, menor perda de conhecimento interno.

E o mais preocupante:

A maioria das empresas não percebe esse custo porque ele está diluído: um pouco na rescisão, um pouco no recrutamento, outro tanto no treinamento e o resto na perda de performance.

Mas ele existe. E é dinheiro perdido.

E sabe o que é ainda mais sério?

Grande parte dessa rotatividade acontece não porque o colaborador não gosta da empresa, não gosta do chefe ou não gosta do que faz.

Acontece, muitas vezes, porque ele está afogado em problemas financeiros, ansioso, buscando uma solução rápida e muitas vezes vê no acerto trabalhista um jeito de sair do sufoco.

Sim, 25% dos colaboradores pensam em pedir demissão só para acessar o acerto e pagar dívidas ou tentar abrir um negócio. Isso é dado real (Fonte: PwC, ABEFIN).

A Retenção de Talentos como Estratégia de Crescimento

Por muitos anos, empresas olharam para benefícios como salários competitivos, bônus ou premiações como principais estratégias de retenção. E, de fato, isso tem sua importância. Mas o mercado de trabalho evoluiu, e os profissionais também.

Hoje, retenção não é apenas sobre pagar bem, é sobre cuidar das pessoas de forma integral.

Quando um colaborador sente que a empresa investe nele, na sua qualidade de vida, no seu desenvolvimento pessoal e profissional, ele se sente valorizado. Isso se transforma em:

  • Mais comprometimento
  • Mais produtividade
  • Mais lealdade à empresa
  • E mais energia para entregar resultados

E não é apenas uma percepção. É fato, é dado e é comprovado.

O que acontece quando você retém talentos?

Economia direta:

  • Reduz custo com recrutamento, seleção, treinamento e integração.
  • Evita perda de produtividade que sempre acontece até que um novo colaborador atinja o mesmo nível de desempenho do anterior.

Economia indireta:

  • Mantém o conhecimento dentro da empresa.
  • Garante continuidade nos processos, no relacionamento com clientes e nos projetos de longo prazo.
  • Melhora o clima organizacional e clima bom retém mais pessoas e atrai novos talentos.

Aumento de receita:

  • Pessoas felizes, seguras e satisfeitas produzem mais, vendem mais, atendem melhor e erram menos.
  • Isso se reflete diretamente no crescimento das vendas e na melhoria dos resultados financeiros da empresa.

Empresas que retêm, crescem mais.

Estudos globais, como os da Gallup, mostram que empresas com altos níveis de engajamento e retenção:

  • Têm 23% mais lucratividade
  • Têm 18% mais produtividade
  • E menos 59% de rotatividade em comparação com empresas que não investem no bem-estar do time.

Na prática, isso quer dizer:

  • Menos pessoas saindo
  • Menos dinheiro indo embora com demissões
  • Menos estresse no time
  • E mais energia focada no que realmente importa: crescimento, inovação e resultado.

O que faz um colaborador querer ficar na empresa hoje?

As pesquisas são muito claras:

  • Ambiente saudável emocionalmente
  • Desenvolvimento pessoal e profissional contínuo
  • Segurança, não só no trabalho, mas também na vida financeira
  • Reconhecimento, pertencimento e propósito no que faz

E é aqui que entra a educação financeira como uma estratégia poderosa de retenção.

A implementação de programas de educação financeira nas empresas tem se mostrado eficaz na retenção de talentos. Colaboradores que recebem orientação financeira tendem a ter maior estabilidade emocional, reduzindo o estresse relacionado a questões financeiras pessoais. Isso se traduz em maior satisfação no trabalho e menor propensão a buscar novas oportunidades de emprego.

Além disso, a educação financeira contribui para o desenvolvimento de habilidades de planejamento e tomada de decisão, que são valiosas tanto na vida pessoal quanto profissional dos colaboradores.

Oportunidades que as empresas estão deixando passar

Muitas empresas ainda tratam os problemas financeiros dos colaboradores como uma questão pessoal. Só que essa visão custa caro, e muito.

O que muitos empresários ainda não perceberam:

  • Quando o colaborador está afogado em dívidas, ansioso e preocupado, ele não consegue produzir bem.
  • Esse colaborador fica mais vulnerável a aceitar propostas externas ou pedir demissão, não porque quer, mas para acessar o acerto trabalhista e tentar aliviar sua situação financeira.
  • Isso gera um ciclo negativo: alto turnover, perda de produtividade, aumento de custos e desgaste do time.

Aqui surge uma grande oportunidade:

Empresas que quebram esse ciclo, oferecendo programas de educação financeira, saem na frente. Elas não só cuidam do bem-estar das pessoas, mas também reduzem custos, aumentam produtividade e seguram seus melhores talentos.

Quem está fazendo, está colhendo resultados:

Grandes empresas, fintechs, bancos, cooperativas e até indústrias estão acordando para essa realidade. O próprio levantamento da Lockton Brasil revelou que 45% das empresas já planejam investir formalmente em programas de educação financeira nos próximos dois anos.

Quem não fizer isso, simplesmente ficará para trás.

Retenção não é custo. É estratégia de crescimento.

Cada vez que você perde um colaborador, não perde só uma pessoa. Perde dinheiro. Perde produtividade. Perde conhecimento. Perde clientes. Perde resultados.

Mas também existe um lado bom: é possível reduzir drasticamente esse custo.

Quando a empresa investe em soluções inteligentes, como um programa de educação financeira para os colaboradores, isso reduz o estresse financeiro, aumenta a satisfação, melhora o clima, e consequentemente, reduz a rotatividade e gera uma economia gigantesca.

Quer saber como essa conta fica mais positiva? O próximo passo é entender como a retenção de talentos traz não só economia, mas crescimento e lucro direto para o seu negócio.

Se quiser, podemos calcular juntos o custo real da sua empresa e o impacto que a solução pode gerar. Quer?

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