PDHI:LA: Estudantes da PUC-Campinas exploram territórios do Campo Belo para pensar iniciativas de melhoria

Estudantes do Campus I e II participaram da ação que contou com a presença de lideranças locais

Estudantes da PUC-Campinas participaram na última quarta-feira (16) de uma visita técnica ao território do Campo Belo, em Campinas, por meio do Programa de Desenvolvimento Humano Integral: Levanta-te e Anda (PDHI:LA) da Universidade.

A imersão teve como propósito principal permitir que os alunos explorassem a realidade local, buscando captar demandas para implementação de diversas iniciativas sociais e de desenvolvimento sustentável no bairro, identificado como uma das regiões de maior vulnerabilidade no município. Entre os intuitos dessa aproximação está a busca promoção da dignidade humana por meio da percepção de espaços, a troca de saberes e aprendizados mútuos e o entendimento de possíveis contribuições.

A visita técnica ao território do Campo Belo, em Campinas, teve como propósito principal permitir que os alunos explorassem a realidade local, buscando captar demandas para implementação de diversas iniciativas sociais e de desenvolvimento sustentável no bairro, identificado como uma das regiões de maior vulnerabilidade no município.

Durante a visita, os alunos visitaram a Comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro Dom Gilberto, incluído na região do Campo Belo, onde dialogaram com lideranças e observaram a infraestrutura e os desafios do território. A ação faz parte da metodologia do PDHI:LA, uma iniciativa extensionista e multidisciplinar que visa a promoção da justiça social, do desenvolvimento sustentável e da construção de uma sociedade mais equitativa, fraterna e humanizada.

Para a eficácia das ações, o conhecimento profundo do contexto social e territorial é fundamental para mapear demandas e formar grupos de ação. A Profa. Dra. Vera Lúcia Plácido, Gerente de Extensão da PUC-Campinas, comentou a relevância do local escolhido. “Nós estamos em uma região considerada uma das mais vulnerabilizadas do nosso município. Isso significa que aqui temos as pessoas que mais necessitam de ajuda, de condições para que possam superar os vários riscos a que estão submetidas. São questões de saúde, educação, habitação, entretenimento e tantos outros elementos e dimensões para a melhoria da qualidade de vida.” Ela ressaltou o papel da Instituição de Ensino Superior neste contexto: “A Universidade é um espaço em que se discute, debate, privilegia a formação de pessoas que não estejam desligadas dessa questão. Precisamos nos aproximar, entender as várias vulnerabilidades e identificar onde podemos contribuir”, afirmou.

A Profa. Dra. Vera Lúcia Plácido ainda destacou o conceito de “Universidade em Saída”: “É a Universidade que se coloca também dos muros para fora, observando a sociedade, seus desafios e como pode colaborar e priorizar ações para que algumas dificuldades sejam superadas. Nós estamos aqui para essa primeira aproximação, embora esse diálogo já venha acontecendo há muito tempo através de nossas gestões e questões institucionais que têm sido resolvidas”.

Durante a visita, os alunos visitaram a Comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro Dom Gilberto, na região do Campo Belo, onde dialogaram com lideranças e observaram a infraestrutura e os desafios do território.

O Pe. Douglas dos Santos Murari, Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Auxílio da Humanidade, localizada no Jardim Nova América, cuja Comunidade Santa Rita está localizada no Jardim Dom Gilberto, na região do Jardim Campo Belo, comentou a ação. “Estou aqui há aproximadamente um ano e meio nesta região, junto ao Padre João Carneiro, e, desde então vejo que aqui é um lugar de partilha. Não somente essa comunidade, mas as outras nove também. Todos buscam partilhar tudo com todos: dores, anseios, sonhos, alegrias. E esse projeto pode auxiliar nisso, aproximando essa partilha do povo para com a Universidade e propiciando que a Universidade partilhe técnicas e conhecimentos com esse povo, sendo de fato uma troca, uma relação mútua de crescimento”.

Pe. Douglas conectou a iniciativa ao ano da esperança: “É um grande sinal de esperança para esse povo, pois eu escutei muitas vezes que as pessoas daqui são deixadas de lado ou lembradas por último. E eu acho que elas devem ser postas no centro de nossa vivência eclesial. Eu acredito que a Universidade também tem esse papel”, disse.

Ao estar no local, os estudantes puderam observar as dinâmicas comunitárias, identificar necessidades e potencialidades, e iniciar a construção de vínculos com os moradores e lideranças locais. A estudante Maria Fernanda Láua Nogueira, integra o PET (Programa de Educação Tutorial) – Arquitetura e Urbanismo. Ela explicou que conheceu o projeto do Campo Belo por meio do PDHI:LA e que o seu foco é o projeto das hortas, muito valorizado pela comunidade. “Queremos entender melhor para unir o conhecimento de todos os PETs dentro dessas hortas e, quem sabe futuramente, realizar um projeto de plantio, mais focado para a área de Arquitetura e Urbanismo como o paisagismo para o bairro. É um estudo muito interessante, muito convidativo. Não podemos deixar para ter essa vivência profissional só depois que formamos ou com estágios. É muito importante desde já ter essa vivência de forma mais direta para além dos muros da Universidade, para além da sala de aula. É o que a gente estuda. É muito bom aplicar em um bairro que é real”.

A equipe do PDHI:LA foi recebida pelo Pe. Douglas dos Santos Murari, Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Auxílio da Humanidade, na Comunidade Santa Rita de Cássia, junto a lideranças da região do Campo Belo.

Lucas Tavares de Souza, aluno do Curso de Biologia, comentou sua entrada no projeto: “O PET Biologia, que tem os pilares de Pesquisa, Ensino e Extensão, pensou em um projeto de arborização urbana para o Campo Belo, juntamente com o Levanta-te e Anda. Gostamos muito de sair dos muros da Universidade e ir para uma comunidade para melhorar a qualidade de vida, trazendo sombra, com inúmeros benefícios. Campinas já é uma cidade arborizada e queremos trazer essa realidade para cá. Ter essa experiência ainda na graduação é enriquecedor para o currículo e para a vida”, disse.

A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelas lideranças locais. Mariene Silva Feitosa, microempreendedora e moradora do bairro há vinte anos, comentou sobre a expectativa: “Esse projeto está sendo excelente, estamos amando a ideia de ter a PUC-Campinas aqui na região, olhando para a gente. É um bairro que precisa muito e ter essa atenção é muito importante. Temos jovens, crianças que sonham. E a PUC estar aqui ajuda nesses sonhos. Queremos colher muito frutos. É uma expectativa grande de aprender muitas coisas”, pontuou Mariene.

Com as informações e percepções adquiridas durante a visita, os estudantes agora se dedicarão ao planejamento e à execução das diversas iniciativas que serão desenvolvidas no Campo Belo. As ações envolverão diferentes áreas do conhecimento, refletindo a abordagem multidisciplinar do PDHI:LA, e buscarão contribuir efetivamente para o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade, alinhando-se diretamente com os objetivos do programa.

Fonte: https://www.puc-campinas.edu.br/pdhila-estudantes-da-puc-campinas-exploram-territorios-do-campo-belo-para-pensar-iniciativas-de-melhoria/

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