Tempo de consertar as redes, tempo de pescar: a arte da preparação

Por: Jessé Freitas

Nem sempre é hora de lançar a rede ao mar. Às vezes, o vento sopra contra, as águas estão turbulentas e os peixes simplesmente não aparecem. Nesses momentos, o pescador experiente não se desespera. Ele senta, observa o horizonte, cuida dos equipamentos e conserta suas redes.

No mundo do trabalho e dos negócios, a lógica é a mesma. Estamos sempre em busca de resultados rápidos, crescimento constante e oportunidades ininterruptas. Mas a verdade é que nem sempre é possível avançar. E insistir sem estratégia não é persistência, é desespero.

O problema é que aprendemos a temer a pausa. Nos ensinaram que estar sempre em movimento é sinônimo de produtividade. Que se a maré não está boa, devemos remar com mais força, sem questionar se estamos no rumo certo.

Mas será que todo esforço, em qualquer direção, vale a pena?

A vida, assim como o mar, tem ciclos. Há momentos em que avançamos, conquistamos e colhemos frutos. Mas há também os períodos de espera, de silêncio, de aparente estagnação. São nesses momentos que muitos desistem. Mas os sábios entendem que a pausa não é um fracasso—é uma oportunidade.

E eu sei. Esperar é angustiante. É difícil aceitar que, por mais que façamos tudo certo, algumas coisas simplesmente não acontecem no nosso tempo. A incerteza pesa. O medo de ficar para trás atormenta. Mas existe um tipo de crescimento que acontece longe dos holofotes.

Quantas vezes já estivemos em meio a uma tempestade interna sem que ninguém percebesse? E, quando olhamos para trás, entendemos que aquele período difícil nos fortaleceu de formas que nem imaginávamos?

O erro não está em esperar. O erro está em esperar sem propósito. Quem apenas aguarda o tempo mudar, sem fazer nada, sem se aprimorar, sem olhar para dentro, perde a chance de sair mais forte. Mas quem usa esse tempo para aprender, para se preparar, para fortalecer suas bases, estará pronto quando a maré virar.

E a maré sempre vira.

Se hoje o mar não está a seu favor, não se desespere. Pergunte-se: como posso me preparar agora para o momento em que as águas ficarem calmas?

A oportunidade não avisa quando chega. Mas sempre encontra aqueles que já estão prontos.

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